segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Poemas por Agatha Andriola

Súbito
Como faca que rasga e fura, cintila seus caules vermelhos de prata fria
Gélida e enfurecida
O triunfo do óbito
Absorve a overdose da carne
A sombra é o negro do ópioe lava das erupções
Inexpressiva e cíclica se desfaz em sombra e silêncio
Súbito (como)Eclipse devaneante e súdito como as pegadas os rastros as ciladas nos frascos, fractais que miram o passado do próprio reflexo

O espinho é penetração e sangue derramado
As lágrimas o espírito de êxtase nebuloso
Os meteoros que não são vistos
No estranho
Obsessivo
Como aguda e insatisfeita promessa

No abismo
Tudo um dia sucumbe
A fraude dos temores resigna seu próprio compasso
Fracasso!(Não pretendia o degolamento catastrófico da vertigem, como rasgam as cortinas da catarse)
Quero te despir
Suavemente
Como o soproe o vendaval.

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